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Convocatória da selecção nacional feminina gerou polêmica

"Em ano de regresso à Liga Mundial da selecção nacional masculina, a selecção nacional feminina estava aparentemente esquecida pela Federação Portuguesa de Voleibol, no entanto a Grã-Bretanha, que prepara uma selecção para os Jogos Olímpicos de 2012, convidou o nosso país para 3 jogos amigáveis, recordada talvez da derrota diante a nossa selecção na Poule Apuramento Campeonato do Mundo de Seniores Femininos, realizada em Sheffield em Janeiro de 2009, e do excelente encontro protagonizado por ambas nessa data.
Provavelmente a desilusão dos anfitriões, que esperavam certamente jogos equilibrados, será grande ao deparar-se com uma dita selecção de seniores que tem no seu plantel atletas, na maioria, iniciadas e juvenis, sem qualquer experiência competitiva de alto nível. 
É irreal como uma treinadora pactua com tal situação e sujeita estas atletas, completamente iludidas pela Federação Portuguesa de Voleibol, a isto. Não aprenderão nada, pelo contrário, vão ser humilhadas, vão sentir-se envergonhadas por representar o nosso país e como muitas outras irão acabar por abandonar, infelizmente.

A Federação Portuguesa de Voleibol mais uma vez envergonha o nosso voleibol feminino, quando é que isto vai chegar ao fim? Será que o senhor presidente Vicente Araújo faz isto para justificar que todos os meios vão para o masculino? 

A cada ano que passa a discrepância entre o voleibol masculino e o feminino é cada vez maior, temos que dizer basta e lutar pela igualdade e respeito, para o bem destas jogadoras, das que dão vida e permitem a existência do nosso campeonato actualmente e de todas que por aí vêem."

Vanessa Rodrigues

Comentários

  1. Vanessa, tens o nosso inteiro apoio. Esta situação é vergonhosa.

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  2. Boa tarde,
    Provavelmente para seu desprazer, não houve humilhação desportiva da nossa selecção no embate com a selecção inglesa. Apesar de só termos ganho 1 set, todos os outros foram bastante equilibrados.
    Vanessa, você não me conhece - sou um simples adepto do volei português - mas o seu nome é uma referência no volei feminino actual. Distinção mais do que merecida, dado o seu contributo para o aumento da qualidade desta modalidade, mas que também acarreta alguma responsabilidade no momento de tecer considerações sobre o estado da mesma.
    Assim, proponho que, numa próxima intervenção, se tente informar melhor de todos os condicionalismos sobre o tema que se propuser a debater, sob pena de repetir os erros em que caiu nesta comunicação.
    Sabia, por exemplo, que o convite para estes amigáveis foi feito com muito pouca antecedência e que foram enviadas muitas convocatórias a atletas seniores que, na sua maioria, recusaram, pois preferiram participar em provas de volei de praia ou tinham exames académicos?
    Cumprimentos

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  3. Realmente Vanessa..isto é uma vergonha :(

    Nem tenho palavras...

    É brincar com o voleibol Português Feminino.
    Beijinho

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  4. Caro anónimo, a reposta é muito simples:

    Eu simplesmente falo por experiência própria, sei muito bem como as coisas funcionam, e não fui eu que cometi erros, mas sim a Federação Portuguesa de Voleibol ao aceitar este convite.
    Se o trabalho fosse bem feito, no final do campeonato a seleccionadora, que deveria assistir aos jogos e conhecer todas as atletas seniores a actuar nas varias divisões, faria uma pré-lista de jogadoras para as actividades da selecção nacional e contactava as mesmas logo desde inicio. Mas como a FPV se esqueceu do feminino e nem há competições, para que haver treinos em conjunto, né? É tudo em cima do joelho e ainda querem que as atletas abdiquem de coisas previamente planeadas e acordadas. E mais, sei de muitas atletas seniores que nem se querem foram questionadas.

    Obrigado pelo comentário.
    Tenho pena que não se identifique

    Cumprimentos

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  5. Cara Vanessa,
    Só não me identifiquei no comentário anterior por achar que não era relevante para o que lhe tinha a transmitir, mas, se faz questão, passo a fazê-lo: sou José Pedro Vieira, pai de Maria Vieira, atleta juvenil (embora com idade ainda de iniciada) do Sporting Clube de Espinho e que está integrada na selecção de pré-cadetes que treina com a professora Gilda Harris.
    O que me levou a contactá-la, entre outros motivos de que mais adiante falarei, foi ver esta reacção tão incendiada por parte de tanta gente sobre um evento que, devidamente esclarecido, verá que não suscita esse tipo de juízos de valor tão depreciativos.
    A Federação Inglesa de Volei fez o convite à nossa com um prazo de aceitação de 24 horas. Incluía os tais 3 jogos-treino com a selecção sénior feminina e, pormenor não desprezível, pagava todas as despesas. A sua crítica - “É tudo em cima do joelho e ainda querem que as atletas abdiquem de coisas previamente planeadas e acordadas” - fica, assim, sem grande sentido, neste caso: uma situação completamente inesperada e em que era preciso decidir rapidamente.
    Pelo que ouvi dizer, (aproveito para informar que não conheço ninguém na Federação e que com a Prof.ª Gilda os nossos contactos se limitam ao “como está?” ou “como é que vão as meninas?”) fizeram-se bastantes convites a atletas seniores que recusaram pelas razões que já mencionei. Houve com certeza muitas atletas que não foram contactadas, como afirmou, mas não estaria à espera que as escolhas da seleccionadora coincidissem rigorosamente com as suas, pois não? No final deste processo, e estando ainda por preencher 4 ou 5 vagas, a treinadora decidiu convocar, como recompensa (penso eu), algumas atletas da selecção de pré-cadetes que treinam diariamente com ela e que estão desde há um ano em regime de internato escolar nos Carvalhos para poderem participar nos 7 treinos semanais (a minha filha não foi convocada).
    A sua ilação sobre o que iria acontecer a estas atletas é no mínimo infeliz, para não dizer ofensiva para as mesmas. “É irreal como uma treinadora pactua com tal situação e sujeita estas atletas, completamente iludidas pela Federação Portuguesa de Voleibol, a isto. Não aprenderão nada, pelo contrário, vão ser humilhadas, vão sentir-se envergonhadas por representar o nosso país e como muitas outras irão acabar por abandonar, infelizmente”. As miúdas não foram iludidas, aprenderam imenso, adoraram e estão mais motivadas que nunca.
    Quanto à treinadora Gilda Harris, o que lhe posso dizer é que em termos técnicos e de metodologia de treino ainda não vi melhor (já fui jogador, andei pelas selecções e fiz o curso de treinador 1º nível – não se pode dizer que seja um perfeito leigo na matéria). Aliás, o seu currículo fala por si: como treinadora de Cuba, já esteve presente em 8 fases finais mundiais de selecções de formação (a maioria das atletas da selecção cubana, que ficou agora em 2º lugar no Masters de Montreux, passou pelas suas mãos). Em relação à sua capacidade organizativa e se vai ou não assistir a jogos não a posso julgar, porque não tenho informações para o fazer. Neste caso, prefiro calar-me a emitir juízos de valor (muito menos se forem negativos).
    Obrigado pela publicação do meu comentário e pela sua resposta

    ResponderEliminar
  6. Sr. José Vieira, antes de mais, obrigado pela sua resposta, que aceito e respeito e passo então a responder:
    Provavelmente esta reacção tão “incendiada”, de atletas, treinadores, dirigentes, familiares, entre outros, resulte de um acumular de situações que felizmente o senhor e a sua filha não conhecem tão bem. Eu já tive a idade da sua filha e das outras miúdas em questão, e não foi assim há tanto tempo assim. Nessa altura também já fazia parte dos quadros de trabalho das selecções nacionais, e representei Portugal em todos os escalões até ao ano no passado (por opção própria) e sei perfeitamente o que a Federação Portuguesa de Voleibol prometeu e depois não cumpriu, acredite, foi demais, e por isso compreendo esta reacção das pessoas que vivem de perto e há muitos anos o voleibol feminino.
    Eu desconheço completamente quais as escolhas da seleccionadora, mas se juntamente com a FPV se preocupasse todos os anos, no final do campeonato sénior (Maio), em juntar um grupo de trabalho sério como faz o masculino, talvez este convite à pressão tivesse sido melhor aproveitado para o crescimento do voleibol feminino nacional.
    Se realmente as miúdas "aprenderam imenso, adoraram e estão mais motivadas que nunca", fico muito feliz, mas eu também fiquei várias vezes na minha altura e acredite que a decepção foi só aumentando a cada ano que passava, de projectos cortados a meio, de sonhos roubados, humilhação, vergonha, desilusões atrás de desilusões em relação à FPV, e infelizmente sei que muitas atletas além de mim viveram e sentiram na pele o mesmo que eu. Espero então que isso sejam mesmo águas passadas e que sinceramente isso não volte acontecer e faço-lhe um apelo, não deixe que o façam à sua filha.
    Em relação à seleccionadora, conheço perfeitamente o seu curriculum e não tenho mais comentários a acrescentar.
    Cumprimentos

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  7. Boa Tarde

    Este comentário está dividido em duas partes, desculpe.

    Também sou pai de uma atleta que faz parte do actual grupo que treina com a Gilda Harris, no centro de estágio dos carvalhos, e que fez parte do grupo "Insólito" que representou Portugal num torneio em Inglaterra.

    Não conheço o seu curriculum, estou agora conhecer melhor a realidade do Voleibol Feminino, não posso discordar de tudo aquilo que foi dito, mas também penso que muitos dos comentário que foram feitos têm como objectivo de denegrir o trabalho que outros possivelmente nunca quiseram.

    Não sei quais foram as promessas que lhe foram feitas, que nunca foram cumpridas e qua a leva a estar magoada com a FPV, não sou defensor desta nem estes precisam que eu o faça.

    Sei apenas a realidade que estou a viver, e digo-lhe se me permite, tem sido dura tanto para os pais como para as nossas filhas (atletas) que em regime de internamento e com 13 e 14 anos, saíram de casa e se dedicaram a um trabalho e a uma causa que possivelmente outras com mais idade nunca quiseram, a Vanessa melhor que ninguém, sabe o que são treinos de alta competição, ou se está ou não se está disponível, é sempre a "abrir" , muitas noites nos liga e diz doí-me isto doí-me aquilo! Amanhã tenho testes mas tenho trino ás 7 horas da manhã….

    Para já não falar que estas atletas passaram os últimos 10 meses foram da casa onde viviam (foram elas que o quiseram), Viana, braga , Guimarães e Coimbra. Estão a lutar pelo seu sonho, e nós como pais esperamos sempre que estes se concretizem
    Porque será que as que vivem perto deste centro de estágio não quiseram integrar-se neste grupo (sem falar da Maria), porque será que alguns clubes não deixaram que isto acontecesse .

    Tudo o que nos foi apresentado (não houve promessas) na altura da cativação deste grupo têm-se verificado umas mais do que as outras, não falta alimentação apesar de algumas reclamações (nem todos gostamos de peixe), não lhes faltam mordomias (até a cama lhes é feita), possivelmente falta-lhes uma coisa que a Vanessa sempre pode dispor e neste caso também a Maria, o aconchego dos pais à noite quando se vão deitar, (mas não vamos ser lamechas).

    ResponderEliminar
  8. Continuação….
    Será que nós portugueses que tantos sacrifícios passamos não nos estamos agora a tornar aquelas "lamechas" que por tudo e por nada criticam e acham que está mal , porque não queremos nos sacrificar, será que nós portugueses estamos com os olhos bem abertos e preparados para ser treinados pelos "Cubanos" - sem ofensa a grandes treinadores portugueses, alguns dos quais têm tanta capacidade como os Cubanos para levar as nossas selecções a um patamar acima do normal.

    Continuamos sem sabe que promessas a FPV lhe prometeu e nunca cumpriu e que a leva a estar tão desiludida ao ponto de se recusar a fazer parte deste "torneio" ou será que faz parte daquelas que têm toda a razão em estar aborrecidas porque que tinham todo o mérito de lá estar e não foram contactadas.

    Um aparte
    Quanto às "desilusões" eu também as tenho, quando a Vanessa nasceu estava eu a deixar de jogar voleibol, e tal como a Vanessa tinha também sonhos e ilusões que me foram cortadas quando na tropa perdi os quatro dedos da mão esquerda, hoje ao fim de 31 de trabalho numa empresa corro o risco com outras 300 ou 400 trabalhadores de ficar sem emprego. Não foi por isso que resolvi escrever, fi-lo porque apreciei o que o pai da maria fez e também as suas resposta e a sua humildade em desejar todas as felicidade para as jovens atletas, espero que um dia se possa cruzar com elas e lhes possa ensinar tudo o que sabe.

    Para finalizar, gostaria se ainda não o fez de perguntar as suas colegas de selecção como se sentiram em participar neste torneio com este grupo de "garotas infantis", como se sentiram quando uma "infantil" fez com que uma "trintona" da selecção Inglesa "esquina-se 3 vezes seguidas".

    ResponderEliminar
  9. Continuação…..
    Mas isto não apaga a atitude da FPV eu como pai também fiquei surpreso quando na noite anterior chego ao centro de estágio e deparo com um grupo de atletas que não tinha nada a ver com a idade da minha filha ( o resto já foi explicado pelo pai da maria e a Vanessa deve saber o que se passou).

    Neste momento tenho uma revolta em relação à FPV e vou aproveitar este espaço para a demonstrar já que esta não assumiu a atitude que tomou ao permitir que este grupo fosse para Inglaterra da forma que foi, a prestação deste grupo caiu no esquecimento nem sequer foram divulgados os resultados nem a prestação destas, será que foram assim tão mal que denegriram mais uma vez a imagem do voleibol português?

    Sinto como pai orgulho em que a minha filha e outras atletas como ela possam integrar um grupo que vai disputar um torneio nem que este seja a "feijões", como os seus pais sentiram quando a Vanessa começou nestas andanças "e ainda hoje o devem sentir"

    Obrigado e felicidades para a sua vida desportiva, seja um exemplo para as mais novas elas necessitam de "ídolos" e que estes sejam portugueses.

    Carlos louro

    Viana do Castelo

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  10. Apesar de eu estar ausente da selecção nacional há 1 ano eu preocupo-me sempre em saber, junto de algumas atletas, outrora companheiras de selecção e acima de tudo amigas, como correm os estágios, os torneios, as competições, etc. Irei sempre apoiar o voleibol feminino nacional e todos os dias sei que dou o meu melhor e vou continuar a fazê-lo.
    É uma realidade que as mais novas não têm jogadoras referências na selecção nacional sénior e nem conhecem a maioria das jogadoras portuguesas, mesmo aquelas que actuam na principal divisão, isso é uma pena.
    Boa sorte para a sua filha.
    Obrigado pelo comentário

    ResponderEliminar
  11. Boa noite, os pais que tão a falar não devem de ser o que é o voleibol realmente! Pois o voleibol não é o que devem tar a pensar! já pensaram que o voleibol sénior não é igual ao juvenil já pensaram que a bola anda mais rápido que é preciso mais técnica e muitas mais coisas eu acho que nunca pensaram nisso! E agora só mais um questão o voleibol sénior feminino tem 3 divisões cada divisão tem no mínimo 12 equipas e cada equipa tem 12 jogadoras no mínimo! façam as contas a contas jogadoras temos para levar a uma selecção sénior! ou melhor a federação anda é a brincar ao voleibol e com quem já é senior e sempre teve o sonho de ir selecção! obrigado

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  12. Quando nós teremos uma seleção parecida com as melhores do mundo. Brasil, Russia, EUA, Italia, Japão.. quando ?

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